sábado, 16 de abril de 2016

Ética e cidadania - 1/2016 - Taís Araújo presta depoimento no Rio após ser alvo de comentários racistas

Fonte:http://g1.globo.com/rio-de-janeiro/noticia/2016/03/suspeitos-de-racismo-contra-atriz-tais-araujo-sao-soltos-pela-justica.html

21/03/2016 06h59 - Atualizado em 21/03/2016 10h17

Suspeitos de racismo contra a atriz Taís Araújo são soltos pela Justiça

Operação em sete estados prendeu suspeitos por ofensas na internet.
As prisões temporárias foram transformadas em medidas cautelares.

Do G1 Rio
A atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foram alvo de racismo em redes sociais (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo/Arquivo; Reinaldo Marques/TV Globo/Arquivo)A atriz Taís Araújo e a jornalista Maria Júlia Coutinho, a Maju, foram alvo de racismo em rede social (Foto: João Miguel Júnior/TV Globo/Arquivo; Reinaldo Marques/TV Globo/Arquivo)
Os três suspeitos de terem promovido ataques raciais contra a atriz Taís Araújo na internet foram soltos nesse fim de semana. Eles tinham sido presos na quarta-feira (16) em uma operação realizada em sete estados brasileiros — Rio, Paraná, Santa Catarina, Bahia, Minas, São Paulo e Rio Grande do Sul — para cumprir quatro mandados de prisão e 11 de busca e apreensão.
A decisão da 23ª Vara Criminal do Rio de Janeiro transformou as prisões temporárias em medidas cautelares. Francisco Pereira da Silva Júnior, Pedro Vitor Siqueira da Silva e Thiago Zanfolin terão que se apresentar sempre que forem convocados e não podem trocar de endereço sem avisar.
Eles vão responder pelos crimes de racismo, injúria racial e também por formação de quadrilha. A pena pode chegar a 12 anos. As investigações foram concluídas e o inquérito foi entregue à Justiça.
O titular da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática do Rio, Alessandro Thiers, informou durante coletiva de imprensa após a prisão do grupo que o objetivo deles era chamar atenção.
"É o mesmo grupo [que ofendeu Taís, Sheron e Majú]. A intenção era chamar atenção. Escolhiam pessoas públicas, com notoriedade e seus integrantes se mobilizavam. Havia um código de conduta, se eles não participassem [das ofensas] eram punidos", diz o investigador.
No dia da prisões, a atriz Taís Araújo não gravou entrevista, mas disse: "Fico feliz que a Justiça tenha sido feita. Espero que crimes desse tipo, contra qualquer mulher negra, não fiquem impunes".
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Comentário:
É comum escutarmos que atualmente não existe mais racismo, principalmente no Brasil, mas infelizmente vemos que isto não é a verdade. Várias pessoas agem com racismo, apesar de ser crime.
Não podemos discriminar ninguém tendo como base características físicas e em especial a cor da pele. O racismo está presente em qualquer tipo de ambiente: no trabalho, na rua ou até mesmo em meio a pessoas próximas. Independente da cor da pele, ou de qualquer pessoa no mundo, somos todos iguais. 
Crime de racismo deve ser denunciado, para a polícia, pois cabe a eles a aplicação da pena ao responsável. 
É comum a prática racista camuflar-se em experiências do cotidiano ou formas ofensivas de brincadeira. Normalmente o racista não admite seu preconceito, mas mesmo assim age de maneira discriminatória. A vítima tem o direito de denunciar qualquer tipo de constrangimento e humilhação.
O agressor costuma:
  • dar apelidos de acordo com as características físicas da vítima;
  • inferiorizar as características estéticas da etnia em questão;
  • considerar a vítima inferior intelectualmente, podendo até negar-lhe determinados cargos no emprego;
  • ofender verbal ou fisicamente a vítima;
  • desprezar os costumes, hábitos e tradições da etnia;
  • duvidar, sem provas, da honestidade e competência da vítima;
  • recusar-se a prestar serviços a pessoas de diferentes etnias.


Espero que estes acontecimentos façam com que as pessoas tenham condições de refletir que ninguém é melhor que ninguém, tudo que a gente faz, mais cedo ou mais tarde recebemos de volta. 



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