quinta-feira, 14 de julho de 2016

Ciências - 2/2016 - Empresa americana investe em projeto que pretende ressuscitar 20 pessoas

Fonte: http://ultimosegundo.ig.com.br/ciencia/2016-05-05/empresa-americana-investe-em-projeto-que-pretende-ressuscitar-20-pessoas.html




Empresa americana investe em projeto que pretende ressuscitar 20 pessoas

Por iG São Paulo 



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Foco desta primeira etapa é reverter mortes cerebrais; mas CEO de empresa acredita que recuperação completa é possível




Embasamento do projeto é capacidade de outras espécies, como peixes, de regenerar cérebro
Twitter/@IraSamuelPastor/Reprodução
Embasamento do projeto é capacidade de outras espécies, como peixes, de regenerar cérebro


Uma empresa americana pretende descobrir a fórmula para trazer pessoas de volta à vida.  A Bioquark Company, uma organização de biotecnologia do Estado da Flórida, no sul dos Estados Unidos, conseguiu autorização para iniciar a primeira fase de um projeto chamado de “ReAnima”, em que serão testadas formas de reverter lesões cerebrais, uma das causas mais comuns de atestados de óbito.
A companhia poderá, a partir de agora, buscar 20 pessoas que tenham morrido recentemente vítimas desse tipo de lesão. Entre os especialistas envolvidos na iniciativa, encontra-se um renomado pesquisador de neurologia, o Dr. Calixto Machado. A equipe vai testar uma combinação de três fatores: injeção de células-tronco, infusões de remédios benéficos na medula espinhal e tentativas de estimular o nervo, medida que já deu certo para tirar pessoas de estados de coma.
Uma das razões que embasam o projeto é a capacidade de outras espécies, como alguns tipos de peixes, de regenerar a atividade cerebral. Além da característica física do ser humano de ter a parada cerebral e continuar com outras funções corporais, como bombeamento de sangue, processamento de alimentos e até dar a luz.
Ira Pastor, CEO da Bioquark, afirma que apesar do foco do estudo ser apenas a reversão parcial da morte cerebral, “a recuperação completa desses pacientes é uma possibilidade. É uma visão de longo prazo nossa”. Comentando a decisão que concedeu a autorização, o neurocientista Dean Burnett, da Universidade de Cardiff, afirma, no entanto, que “por mais que nós tenhamos tido muitas demonstrações nos últimos anos que o cérebro humano e o sistema nervoso podem não ser tão fixos e irreparáveis como imaginávamos, a ideia de que uma morte cerebral possa ser facilmente reversível me parece muito artificial”.
Mesmo com as posições contrárias de outros especialistas, como Burnett, Pastor acredita que a Bioquark terá resultados significativos “em dois ou três meses”. Sobre as previsões para o futuro, o empresário afirmou que em breve a neurociência chegará ao ponto “em que a separação entre coma, coma irreversível e morte cerebral ficarão muito confusas”
Veja fotos da mulher que, mesmo com morte cerebral, continuou gravidez:
Erick Muñoz é visto perto de foto sem data de si mesmo com sua mulher Marlise e seu filho Mateo em Haltom City, Texas (3/1). Foto: AP
Erick Muñoz descreve a noite em que encontrou sua mulher inconsciente na casa dos dois em Haltom City, Texas (3/1). Foto: AP
Erick Muñoz fala sobre sua mulher, que teve morte cerebral e é mantida viva com ajuda de aparelhos (3/1). Foto: AP
Erick Muñoz e sua mulher, Marlise, eram paramédicos . Foto: Reprodução/ Facebook
Foto do Facebook mostra Erick Muñoz com sua mulher e o primogênito. Segundo ele, Marlise lhe pediu para não ser mantida viva artificialmente
. Foto: Reprodução/ Facebook
Erick Muñoz é visto perto de foto sem data de si mesmo com sua mulher Marlise e seu filho Mateo em Haltom City, Texas (3/1). Foto: AP
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Até que ponto o ser humano pode ir e assumir o papel de Deus? Não sei dizer se esta atitude está certa ou errada, mas o que sei é que os neurocientistas estão muito a frente do tempo e com pretensões que talvez não nos caibam. As lesões cerebrais, que quando consideradas como fatais e onde são mantidas as funções corporais somente com a ajuda de equipamentos, acredito eu que se for possível reverter este quadro, poderá acarretar em sérios problemas no futuro. Uma pessoa que tem sua morte decretada, e com esta proposta de reviver, será que teria interesse de viver novamente com muitas restrições e dar trabalho aos outros e não ser mais responsável pelos seus atos? Antes de mais nada, sou de opinião que somente o próprio que poderá se sujeitar a este procedimento deverá ser o responsável pela autorização, portanto para isto entendo que assim como é feita a opção por doação de órgãos quando da emissão de documento de identidade, esta autorização deveria seguir a mesma linha.
No caso de Erick Muñoz apresentado acima, foi relativo ao pedido judicial feito para que fossem desligados os aparelhos, uma vez que pela  legislação do Texas é proibido  que hospitais desliguem os aparelhos de pacientes grávidas, mesmo em casos como o de Marlise Munoz, que assinou um pedido de "não ressuscitação". Seu feto já estava com diagnóstico de gravidez anormal e que não tinha como dar continuidade a gravidez.
Sou favorável que sejam feitos todos os tipos de estudos, visando dar melhores condições de vida e saúde, mas ainda temos muitas doenças e necessidades que devem ser tratadas antes de brincar de Deus.

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